Integrador, você já pensou que vender é importante, mas entregar o que você vendeu é o que vai permitir sua empresa se consolidar no mercado?

Com a elevação da competitividade no mercado de energia solar, a disputa por conquistar clientes tem ficado cada vez mais acirrada. Muito tem se falado sobre uma suposta “corrida” dos integradores durante esse ano de 2022, devido a sanção da Lei 14.300, conhecida também como “Marco Legal da Geração Distribuída”.

Neste cenário, temos a ocorrência de muitas vendas, deste modo, surgindo a necessidade de conseguir gerenciar projetos de forma simultânea.

Entendendo os pilares da gestão de projetos

Quando falamos em gerenciar projetos, estamos falando de gerenciar várias áreas de vários projetos de forma paralela. É importante avaliar os impactos que cada área pode trazer para o projeto e consequentemente para a sua empresa.

A seguir, podemos identificar 10 áreas das quais temos que ficar atentos:

A capacitação profissional de equipes é um fator crucial para o sucesso das empresas. A perspectiva de gestão de projetos permite uma visão mais estratégica, garantindo uma alta performance em relação aos concorrentes que buscam o “fazejamento”, isto é, a execução de atividades sem planejamento.

Diante deste cenário, cabe realizar um levantamento e pontuar junto a equipe as necessidades do projeto, para posteriormente monitorá-las e gerenciá-las. Vamos ver como isso pode ser colocado em prática?

1) Qual é o objetivo do projeto? Devemos descrever o objetivo de forma inteligente e completa, pois é ele que norteará o projeto.

Exemplo: Implantar uma usina solar fotovoltaica de X MW, até o mês Y, no lugar X, no estado de SP, para gerar economia de X%.

2) Qual é a justificativa do projeto? Qual é a importância desse projeto? Qual é a necessidade que ele irá resolver?

Exemplo: A universidade X deseja promover sustentabilidade e economia, visando influenciar alunos e colaboradores com a implantação desta usina.

3) Quais são as restrições do projeto? O que não pode acontecer? São fatores que se não observados, podem causar ócio e consequentemente prejuízos.

Exemplo: A execução não poderá ocorrer no período de aulas.

4) Quais são as premissas do projeto? O que podemos adotar como verdade, mas só iremos descobrir ao longo do projeto se realmente é? Neste caso, para cada premissa é necessário adotar uma forma de mitigação.

Exemplo: A universidade X irá disponibilizar área livre de impedimentos para trabalhar.

5) Quais são os riscos do projeto? O que podemos prever em todas as esferas? Como vamos classificar esses riscos? Como iremos mitigá-los?

Exemplo: Riscos econômicos, sociais, técnicos, hidrológicos, ambientais etc.

6) Quais são os marcos do projeto? Quais são os entregáveis?

Devemos pensar em “pacotes” de trabalhos sendo entregues ao longo do tempo e, inclusive, estes podem ser vinculados ao contrato e ao cronograma físico financeiro.

Exemplo: Entrega do projeto executivo, instalação de todos os módulos fotovoltaicos.

7) Quem estará envolvido no projeto? A equipe é terceirizada ou é própria? Quais são a função e a responsabilidade de cada um no projeto?

Exemplo: Fulano – instalador, Beltrano – projetista.

8)Qual é o orçamento do projeto Lembre-se que preço de custo não é preço de venda.

Exemplo: Dê à sua equipe o orçamento (valor monetário) dos insumos e da mão-de-obra previstos para a execução, monitore e controle constantemente, proponha bonificação mediante economia deste valor.

9) Quais são as exclusões do escopo do projeto? Costuma-se causar preocupação em passar para a equipe o que fazer, mas também é importante transmitir a informação do que não faz parte do escopo.

Exemplo: Num contrato EPCista está previsto o lançamento de cabos para uma equipe, porém a mesma não foi contratada para cavar as valas. Logo, há uma falha de detalhamento de escopo. Se não elencados no início do projeto, essas exclusões de escopo, dependendo do local da usina solar fotovoltaica, acarretarão prejuízos e atrasos, principalmente se a atividade for predecessora.

As empresas se destacam no mercado devido a sua capacidade de atender rapidamente às mudanças, de inovação, agilidade na tomada de decisões e comprometimento com prazos de seus entregáveis.

Ficou com alguma dúvida? Gostou? Deixa seu comentário aqui para gente! Em breve vamos trazer indicadores de outros setores também!

Até a próxima!

Author

Técnica em Administração de Empresas, Engenheira Civil, Pós-Graduanda em Gestão de Projetos pelo Instituto Brasileiro de Engenharia e Custos. Presta consultoria e treinamentos em Gestão de Projetos e Processos para empresas do setor elétrico. Atua nas áreas de gerenciamento de custos, cronograma, aquisições e fiscalizações de obras públicas e privadas. Contribui com o núcleo Organizacional da Rede Brasileira de Mulheres na Energia Solar. Fundadora do canal EnergiasGP.

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