No mercado de energia solar em constante crescimento, a concorrência pela venda de projetos fotovoltaicos é acirrada. 

Para se destacar e garantir a satisfação dos clientes, os integradores precisam ir além da mera venda e instalação de equipamentos. A chave para o sucesso reside no planejamento minucioso e na execução impecável, desde a primeira etapa: a visita técnica.

Neste artigo exploraremos a importância crucial da visita técnica em obras, antes da venda e instalação dos equipamentos. Abordaremos como essa etapa fundamental pode mitigar custos desnecessários, retrabalho e garantir projetos impecáveis.


A importância da visita técnica detalhada

A visita técnica não é apenas uma etapa protocolar informações sobre o cliente, mas sim um exercício estratégico que permite ao integrador:

  • Obter uma visão completa do local de instalação: a visita permite avaliar o ambiente físico, as características da construção, a infraestrutura existente e as condições do telhado/área de instalação.
  • Identificar desafios potenciais: através da observação atenta, o integrador pode detectar pontos que exigem soluções específicas, como sombreamento, obstáculos físicos, necessidade de reforço estrutural, entre outros.
  • Otimizar o projeto: com base nas informações coletadas, o projeto pode ser ajustado para atender às necessidades específicas do local, garantindo a máxima eficiência energética e a viabilidade da instalação.
  • Evitar custos desnecessários e retrabalho: a identificação antecipada de problemas e a otimização do projeto minimizam a necessidade de alterações posteriores, economizando tempo, recursos e evitando a frustração do cliente.
  • Construir uma relação de confiança com o cliente: uma visita técnica detalhada demonstra profissionalismo, expertise e atenção aos detalhes, conquistando a confiança do cliente e estabelecendo as bases para um relacionamento duradouro.

Veja um exemplo de retrabalho gerado pela falta da visita bem executada:

Imagine um cenário onde a visita técnica não é realizada. O projeto é baseado em estimativas iniciais e a equipe de instalação chega ao local para descobrir que o telhado não suporta o peso dos módulos fotovoltaicos. 

Isso irá demandar um reforço estrutural não previsto, gerando custos adicionais e atrasos no cronograma. Além disso, a equipe precisa aguardar a conclusão do reforço antes de prosseguir com a instalação, desperdiçando tempo e mão de obra.

Esse problema poderia ser identificado previamente através da visita técnica. O dimensionamento do sistema e a escolha dos materiais seriam adaptados para a capacidade do telhado, evitando a necessidade de reforço e garantindo a eficiência da instalação desde o início.

No
Luvik, você tem acesso a um checklist, para otimizar o seu processo comercial, além de organizar os dados dos clientes em um só lugar.

Checklist
Checklist do Luvik

Procedimentos recomendados para a visita técnica

Para garantir uma visita técnica completa e eficaz, o checklist do Luvik, sugere que algumas validações sejam realizadas:

1. Compartilhar a localização com antecedência:

Utilize o WhatsApp da empresa para enviar a localização exata de onde será realizada a obra.  Isso facilita o acesso da equipe e otimiza o tempo da visita, além de ser uma informação importante para o momento da homologação do sistema.

2. Identificar o tipo de subestação ou padrão de entrada da unidade consumidora:

O tipo de subestação influencia diretamente na escolha do sistema fotovoltaico mais adequado para o cliente.

3. Avaliar a necessidade de adequações na subestação de entrada:

Identificar a necessidade de adequações evita surpresas e custos adicionais durante a instalação depois do projeto fechado, pode ser inviável incluir mais custos, além de custar uma insatisfação por parte do cliente e uma futura indicação negativa.

4. Analisar a amperagem do disjuntor de entrada:

A amperagem do disjuntor é essencial para determinar qual a máxima potência aceitável naquele momento.

5. Verificar a potência dos transformadores da subestação:

Anote a potência (em kVA) dos transformadores. A potência dos transformadores influencia diretamente na capacidade de geração e consumo de energia.

6. Confirmar a tensão no lado de baixa dos transformadores em caso de média tensão (MT) ou a tensão de atendimento em baixa tensão (BT):

Anote a tensão (em V) no lado de baixa dos transformadores. Este dado é importante para a escolha correta do inversor.

7. Definir o local de instalação dos inversores:

Escolha o local ideal para o inversor, considerando acessibilidade, ventilação e segurança. 

8. Determinar o ponto de injeção do cabo AC:

Defina o ponto de injeção do cabo AC, considerando a distribuição da energia na rede elétrica. Determine o melhor ponto para a conexão, prezando por confiabilidade e segurança. 

9. Medir a distância entre o inversor e o ponto de injeção:

Meça a distância (em metros) entre o inversor e o ponto de injeção, pois essa informação é primordial para determinar a quantidade de cabo necessária. Ponto este que pode impactar de maneira significativa o custo de instalação.

10. Avaliar o tipo de telhado ou área de instalação:

Identifique o tipo de telhado ou área disponível para a instalação dos módulos (telha cerâmica, concreto, telha metálica, etc.). O tipo de telhado influencia na escolha do método de instalação.

Nesta etapa, avalie também a orientação e inclinação do telhado, além de pontos de sombreamento. Avalie a estrutura do telhado, sobre possíveis intervenções para reforço da mesma.

Em todas as etapas tire fotos do local de instalação e envie-as para a equipe.

Com o checklist do Luvik é possível realizar esse procedimento:

Exemplo de parte do relatório do checklist do Luvik em pdf

Dicas valiosas na hora de realizar uma visita técnica:

Prepare-se para a visita técnica: antes de visitar o local, o integrador deve reunir o máximo de informações sobre o projeto, como a demanda de energia do cliente e a área necessária para supri-la.

Utilize ferramentas tecnológicas: drones e softwares de simulação podem auxiliar o integrador na avaliação das condições do local e no planejamento do layout dos módulos fotovoltaicos.

Comunique-se de forma clara e objetiva: após a visita técnica, o integrador deve elaborar um relatório detalhado, com fotos e ilustrações, explicando as condições do local e as propostas para o projeto.

A visita técnica é uma etapa de extrema importância  para o sucesso de um projeto de energia solar. Ao dedicar o tempo necessário para uma avaliação completa do local, o integrador obtém informações valiosas que o ajudam a ter mais e mais projetos bem sucedidos.

Quais procedimentos você utiliza em sua empresa? Compartilhe conosco nos comentários!

Você sabia que o checklist do Luvik, pode lhe ajudar a organizar este processo de maneira assertiva, gerando um relatório para documentar toda a visita?

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Author

Engenheiro Eletricista com especialização em energia solar. Possui experiência de 3 anos com vendas, dimensionamento e monitoramento de sistemas fotovoltaicos. Com o aprimoramento e estudo diário, auxilia o time do Luvik no desenvolvimento de novas funcionalides e criação de conteúdos que auxiliam o integrador a gerar mais valor aos seus clientes.

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