Você sabia que existe uma métrica que mede o custo médio de geração de energia ao longo da vida útil de um sistema de geração?
Essa métrica chama-se LCOE, sigla em inglês para: custo Nivelado de Energia.
Ela compara os valores para o consumidor das diferentes fontes de energia, como:
– Energia solar
– Energia eólica
– Energia hidrelétrica
– Energia termelétrica
– Energia nuclear
Cada uma dessas fontes de energia tem seus custos de investimento, operação, manutenção e produção de energia, que variam conforme o tempo e o lugar.
Para calcular o LCOE com precisão, você deve considerar os seguintes componentes:
- O custo inicial de investimento (Capex), que inclui os custos de compra e instalação dos equipamentos, como módulos, inversores, estruturas, cabos, proteções, etc.
- O custo operacional (Opex), que inclui os custos de manutenção, troca de componentes, monitoramento, impostos, seguros, etc.
- A energia total produzida pelo sistema (EP), que depende da potência instalada, da radiação solar, do rendimento dos equipamentos, das perdas elétricas, etc.
- O valor residual dos equipamentos (Residual), que representa o valor de venda ou descarte dos equipamentos ao final da vida útil do sistema. A fórmula simplificada do LCOE é:
LCOE =(CT)/(EP)
CT = Capex + Opex – Residual
O LCOE é uma ferramenta útil para comparar o custo de geração de energia de diferentes fontes, levando em conta todos os fatores envolvidos ao longo da vida útil do sistema. O LCOE permite avaliar a viabilidade econômica e a competitividade de cada fonte de geração, bem como os benefícios ambientais e sociais de cada uma.
Segundo um relatório da Bloomberg NEF, uma empresa que se dedica a estudar o mercado de energia, o LCOE médio da energia solar fotovoltaica de grande escala no Brasil no primeiro semestre de 2023 variou de US$ 24/MWh a US$ 96/MWh, aumentando em relação ao ano anterior.
Mas não se assuste com esses números que parecem tão complicados. Os números querem mostrar que a energia solar ainda é uma das fontes mais baratas e competitivas de geração de energia no Brasil, junto com a energia eólica.
O LCOE médio da energia eólica onshore no Brasil no primeiro semestre de 2023 variou de US$ 24/MWh a US$ 75 MWh, também aumentando em relação ao ano anterior. Mas mesmo com esse aumento, que parece tão contraditório, a energia eólica ainda é uma das fontes mais baratas de geração de energia no Brasil, graças aos seus excelentes recursos eólicos e a escala dos projetos.
O LCOE médio da energia hidrelétrica no Brasil no primeiro semestre de 2023 foi de US$ 41/MWh, mantendo-se estável em relação ao ano anterior. A energia hidrelétrica é a fonte mais tradicional e predominante de geração de energia no Brasil, mas também enfrenta desafios como a variabilidade climática, impactos ambientais e sociais e as dificuldades de licenciamento.
O LCOE médio da energia termelétrica a gás natural no Brasil no primeiro semestre de 2023 foi de US$ 60/MWh. Números que mostram que a energia termelétrica a gás natural é uma fonte complementar e flexível de geração de energia no Brasil, mas também depende da disponibilidade e do preço do combustível, além de emitir gases de efeito estufa.
O LCOE médio da energia termelétrica a carvão no Brasil no primeiro semestre de 2023 foi de US$66/MWh. Ele quer dizer que a energia termelétrica a carvão é uma fonte poluente e pouco competitiva de geração de energia no Brasil, sendo cada vez mais substituída por fontes renováveis.
O LCOE médio da energia nuclear no Brasil no primeiro semestre de 2023 foi de US$ 141/MWh. A energia nuclear é uma fonte de geração de energia de baixa emissão de carbono, mas também tem altos custos de investimento, operação e manutenção, além de riscos de segurança e de gestão de resíduos.
De acordo com o relatório da Bloomberg NEF, o LCOE das fontes renováveis, como a energia solar e a energia eólica, continua sendo o mais baixo e o mais competitivo no Brasil, apesar do aumento em relação ao ano anterior.
Essas fontes apresentam vantagens como a redução das emissões de gases de efeito estufa, a diversificação da matriz energética, a geração de empregos e renda, a democratização do acesso à energia e a redução da dependência de combustíveis fósseis.
O LCOE das fontes tradicionais, como a energia hidrelétrica, a energia termelétrica a gás natural, a energia termelétrica a carvão e a energia nuclear, também aumentou em relação ao ano anterior, tornando-se menos competitivas e mais poluentes do que as fontes renováveis.
Essas fontes enfrentam desafios como a escassez de recursos hídricos, o aumento do preço dos combustíveis, os impactos ambientais e sociais negativos, os riscos de segurança e de gestão de resíduos e as dificuldades de licenciamento e expansão.
Portanto, o LCOE mostra que a energia solar e a energia eólica são as fontes de geração de energia mais adequadas para o Brasil, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista ambiental e social.
Essas fontes representam uma oportunidade de desenvolvimento sustentável e de transição energética para o país, que deve investir cada vez mais na sua expansão e integração ao sistema elétrico nacional.
E você já conhecia o LCOE e já o aplicou em suas análises?
Conte sua experiência nos comentários!
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