As novas regras da ANEEL para a geração distribuída de energia solar, com foco na inversão de fluxo, trouxeram mudanças importantes para o setor. No entanto, é fundamental que os integradores de sistemas fotovoltaicos compreendam as oportunidades que surgem com essa nova regulamentação.
Casos dispensados do estudo de inversão de fluxo
A Resolução Normativa ANEEL nº 1.000/2021, publicada em 07/12/2021, com redação alterada pela Resolução Normativa nº 1.098/2024, define os casos em que o estudo de inversão de fluxo não é necessário:
- Microgeração distribuída com potência de até 7,5 kW em autoconsumo local: essa categoria abrange a maioria dos sistemas residenciais, que representam uma parcela significativa do mercado de geração distribuída.
- Microgeração distribuída que atenda aos critérios de gratuidade e cuja potência seja compatível com o consumo da unidade consumidora: nesse caso, o sistema deve ser dimensionado para atender ao consumo da unidade consumidora, sem gerar excedentes significativos de energia.
- MMGD (Micro e Minigeração distribuída) que não injeta energia na rede da distribuidora: sistemas com inversores zero grid, que operam de forma isolada da rede elétrica, também estão dispensados do estudo de inversão de fluxo.
Um ponto crucial a ser destacado é que a maioria dos projetos, vendidos hoje no Brasil, podem estar cobertos pela dispensa da realização do estudo de inversão de fluxo, o que simplifica o processo de conexão.
Conforme demonstrado nos gráficos abaixo, com a comparação entre os anos de 2023 e 2024, a demanda por sistemas fotovoltaicos de menor porte se mantém estável, mesmo com as novas regras. Isso reforça a importância de conhecer os casos em que o estudo de inversão de fluxo não é necessário, permitindo que os integradores foquem seus esforços em projetos com maior potencial de aprovação e menor complexidade.
Como aproveitar as oportunidades?
Para além dos inversores tradicionais, o mercado oferece opções como os inversores híbridos, que permitem a conexão à rede elétrica e o uso de baterias simultaneamente, proporcionando maior flexibilidade ao sistema. Já os inversores grid zero, projetados para evitar a injeção de energia na rede, são ideais para quem busca conformidade com as novas regras da ANEEL.
Ambas as tecnologias oferecem avanços em termos de eficiência energética, monitoramento e controle, garantindo maior retorno sobre o investimento para os consumidores.
As novas regras da ANEEL trazem oportunidades para o mercado de energia solar, incentivando a geração distribuída e o desenvolvimento de novas tecnologias. Os integradores que se adaptarem às mudanças e investirem em capacitação estarão preparados para atender às demandas do mercado e continuar impulsionando seus negócios.
Compartilhe conhecimento!
Compartilhe este artigo com seus colegas e contribua para a discussão sobre o futuro da energia solar no Brasil. Deixe seu comentário com suas dúvidas e sugestões.
Veja também o conteúdo em vídeo: