Não é mais novidade para nenhum integrador: o cenário de “vendeu e a concessionária  aprovou” acabou.

Hoje, a realidade em muitas regiões, especialmente em estados como Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, é a temida reprovação por “inversão de fluxo de potência”

Clientes aprovam orçamentos, assinam contratos e, dias depois, a concessionária veta a conexão ou, pior, exige obras de adequação na rede que inviabilizam o projeto.

O resultado? Vendas perdidas, clientes frustrados e um custo de engenharia desperdiçado.

Segundo levantamentos do setor, as recusas de conexão por inversão de fluxo podem chegar a 70% em algumas regiões.

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Mas calma, integrador! O que parece um beco sem saída é, na verdade, o maior filtro de profissionalismo do mercado. A inversão de fluxo não é o fim da venda, é o começo da sua consultoria.

É neste cenário desafiador que dominar duas soluções regulatórias se torna seu maior diferencial competitivo: o Fast Track e o Grid Zero.

Este artigo é o seu guia definitivo para entender e, mais importante, vender essas soluções.

O problema: por que o projeto é reprovado?

A inversão de fluxo de potência é um fenômeno técnico simples: ocorre quando a energia gerada pelo sistema solar é maior que o consumo simultâneo daquela unidade, fazendo com que o excedente seja “empurrado” de volta para a rede da distribuidora.

Quando muitos sistemas fazem isso ao mesmo tempo em um mesmo circuito, a infraestrutura da concessionária (transformadores e cabos) não suporta. A resposta dela é negar a conexão ou exigir obras caras para reforçar a rede – custos que, na prática, matam o seu projeto.

A primeira saída: como usar o Fast Track como diferencial comercial?

Para projetos menores, a própria ANEEL criou uma solução. O Fast Track, regulamentado pela REN nº 1.098/2024 (Art. 73-A da REN 1.000/2021), é uma modalidade de conexão simplificada que dispensa a análise de inversão de fluxo.

Os critérios são claros:

  • Potência instalada de até 7,5 kW.
  • Destinado exclusivamente ao autoconsumo local.
  • Proibido o envio de créditos para outras unidades (autoconsumo remoto é vetado).
  • É permitido acumular créditos na própria unidade para consumo noturno ou futuro.

Como vender essa solução (exemplo de proposta):

Seu cliente é uma residência ou pequeno comércio com consumo de até 1.000 kWh/mês, localizado em uma área com alta taxa de recusa (como MG ou SP).

Abordagem incorreta: “Vou instalar um sistema de 8 kW para sobrar energia e o senhor mandar para sua casa de praia.” (Resultado: projeto reprovado)

Abordagem correta (Fast Track): “Sr. cliente, notei que sua região tem um alto índice de recusa de projetos pela concessionária, causando atrasos de meses. Para garantir sua aprovação de forma rápida e segura, vamos enquadrar seu projeto na modalidade Fast Track da ANEEL.

Usaremos um sistema de 7,5 kW, que é o limite máximo para essa aprovação expressa. O sistema atenderá 100% do seu consumo aqui. A única regra é que a energia gerada fica nesta unidade, acumulando créditos para você usar à noite ou em dias nublados. 

Isso significa que a concessionária não pode analisar a inversão de fluxo e seu projeto será aprovado sem burocracia.”

A solução definitiva: Grid Zero para destravar grandes projetos

Mas e se o projeto do seu cliente for maior que 7,5 kW? E se ele for um comércio, uma indústria ou um cliente rural que teve um projeto de 50 kW negado, com a concessionária exigindo valores absurdos em obras de adequação de rede?

É aqui que o Grid Zero (ou “Zero Export”) entra como a solução definitiva.

O Grid Zero é um sistema conectado à rede (on-grid), mas que utiliza controladores inteligentes ou inversores híbridos para impedir totalmente a injeção de energia excedente.

O sistema monitora o consumo da unidade em tempo real e modula a geração solar para que ela seja, no máximo, igual ao consumo instantâneo.

A “mágica” regulatória é esta: assim como o Fast Track, os sistemas Grid Zero também são dispensados da análise de inversão de fluxo pela REN 1.098/2024. 

Por quê? Porque se não há injeção de excedente, o fenômeno da inversão de fluxo simplesmente não existe!

O Grid Zero pode ser implementado de duas formas:

  1. Sem baterias (controlador Zero Export): Solução mais barata. O sistema gera apenas o que é consumido instantaneamente. Qualquer excedente que seria gerado é limitado pelo controlador. O Retorno sobre o investimento (ROI) é similar ao de um sistema convencional (6-8 anos).
  2. Com baterias (híbrido): O excedente de energia do dia, em vez de ser limitado, é usado para carregar as baterias. À noite, o cliente usa a energia armazenada, atingindo até 95% de autossuficiência e garantindo backup contra apagões.

Como vender essa solução (exemplo de proposta):

Seu cliente é um supermercado que teve um projeto de 100 kW reprovado pela concessionária, que alegou inversão de fluxo e exigiu obras de reforço no transformador.

Abordagem incorreta: “Infelizmente, Sr. Cliente, a concessionária barrou. O projeto é inviável.” (Resultado: venda perdida)

Abordagem correta (Grid Zero): “Sr. Cliente, a recusa da concessionária não foi sobre sua geração, foi sobre a injeção de energia na rede. Tenho a solução técnica para isso: vamos implementar um sistema Grid Zero.

Com essa tecnologia, o sistema gera energia apenas para o seu consumo interno, sem injetar 1 Watt sequer na rede da distribuidora. 

Como não há injeção, a ANEEL determina (REN 1.098) que a concessionária não pode nos reprovar por inversão de fluxo.

Temos duas opções:

  1. Grid Zero básico: Instalamos um controlador que custa em torno de R$ 4.000 a mais e garante a aprovação. Seu payback será, em média, de 7 anos.
  2. Grid Zero premium: Adicionamos baterias. Você armazena a energia do dia para usar nos freezers à noite, fica imune a apagões e sua conta de luz cai 95%.

Em ambos os cenários, o projeto é aprovado e não precisamos pagar 1 centavo pela obra na rede da concessionária.”

Por que se capacitar? De “vendedor de kit” a “consultor de soluções”

Integrador, a inversão de fluxo está separando o mercado em dois:

  1. O integrador “sem capacitação”: Vende apenas o sistema on-grid convencional. Em regiões críticas, perde 70% das suas propostas para a concessionária. Seu faturamento mensal com 100 orçamentos é de R$ 600 mil (30 projetos).
  2. O integrador “especialista”: Domina Fast Track e Grid Zero. Ele pega os 70 projetos que seriam reprovados e os converte. Vende 40 em Fast Track e 30 em Grid Zero. Sua conversão total salta para 79 projetos, e o faturamento vai para R$ 1,58 milhão.

A capacitação nessas modalidades não é um extra, é a diferença entre R$ 600 mil e R$ 1,5 milhão. Você deixa de ser um vendedor de kit (uma commodity) e se torna um consultor de soluções energéticas, o profissional que o cliente chama quando o concorrente falha.

Como o Luvik transforma essa estratégia em realidade

A maior dificuldade em vender Grid Zero não é a regra, é a engenharia. Como saber o tamanho exato do sistema para que não haja desperdício? Como fazer a análise de simultaneidade (o quanto o cliente consome exatamente no mesmo instante em que o sol gera) de forma rápida e precisa?

É aqui que o Luvik deixa de ser apenas um gerador de propostas e se torna sua principal ferramenta de engenharia de vendas.

O Luvik possui a funcionalidade de Dimensionamento Grid Zero, que permite um dimensionamento técnico apurado, baseado na análise da simultaneidade entre a geração fotovoltaica e o perfil de consumo da carga.

Você não precisa ser um mestre em softwares de simulação complexos para oferecer a solução de engenharia mais avançada do mercado. O Luvik faz este trabalho por você.

Pare de perder vendas para a concessionária. Transforme cada projeto reprovado em uma oportunidade de mostrar seu diferencial.

Conheça o Luvik e use a funcionalidade de Dimensionamento Grid Zero ou Fast Track para destravar seus projetos e alavancar as suas vendas!

Author

Engenheiro Eletricista com especialização em energia solar. Possui experiência de 3 anos com vendas, dimensionamento e monitoramento de sistemas fotovoltaicos. Com o aprimoramento e estudo diário, auxilia o time do Luvik no desenvolvimento de novas funcionalidades e na criação de conteúdos que auxiliam o integrador a gerar mais valor aos seus clientes.

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