O setor de energia solar no Brasil tem experimentado um crescimento significativo nos últimos anos, impulsionado por políticas favoráveis e pela crescente relação custo-benefício da tecnologia solar. No entanto, uma mudança regulatória, iniciada em 2023, levantou preocupações entre os integradores solares e seus clientes sobre o potencial impacto na viabilidade financeira dos investimentos em energia solar. A Lei 14.300, aprovada em 2022, introduziu um aumento gradual na tarifa TUSD Fio B, que é a taxa cobrada pelas distribuidoras de energia pela utilização de sua infraestrutura, ou seja, o custo de transporte.
Esta tarifa é um componente importante do custo geral da energia solar, pois é aplicada na energia que é injetada na rede e compensada posteriormente em uma unidade consumidora.
Imagine a rede elétrica como uma estrada e a energia solar como um carro que trafega por ela. A TUSD Fio B seria como um pedágio que você paga para usar essa estrada. Com a Lei 14.300, esse pedágio aumenta gradualmente, ano a ano, impactando o investimento em energia solar.
Mas não se preocupe, o investimento continua valendo a pena!
De acordo com a lei, a tarifa Fio B, que hoje é de 30% sobre o seu valor total em 2024, passará a ser de 45% em 2025, sofrendo um aumento gradual, conforme a imagem abaixo. Esse aumento ainda levanta questões sobre se a energia solar continuará sendo um investimento financeiramente atraente para os consumidores, particularmente aqueles que estão considerando adiar a instalação solar para 2025 e 2026.
Simulações e análise
Para abordar essas preocupações, realizamos uma série de simulações utilizando o software Luvik, uma ferramenta versátil que nos permite analisar o impacto financeiro dos investimentos em energia solar sob diferentes cenários. Ao considerar vários fatores, como o momento da instalação solar, o custo do sistema e o impacto do aumento da tarifa Fio B, podemos fornecer uma compreensão abrangente da viabilidade de longo prazo dos investimentos em energia solar.
Cenário 1: Instalação solar em 2024
Em nossa primeira simulação, assumimos que o cliente, Sr. José, instalou um sistema de energia solar em janeiro de 2024. O sistema foi projetado para atender às suas necessidades energéticas, com uma parte da energia gerada sendo utilizada para compensar o consumo de uma unidade beneficiária separada.
As principais premissas para este cenário são:
- Custo do sistema: R$ 160.000
- Tarifa Fio B em 2024: 30%
- Custos de manutenção e operação: 1% do custo do sistema mensalmente
- Custo considerando troca dos inversores: 10% do custo do sistema a cada 10 anos
Com base nessas premissas, a simulação mostra que o investimento em energia solar do Sr. José teria um período de payback de 2 anos e 9 meses, com uma ótima taxa interna de retorno (TIR) e valor presente líquido (VPL) positivo. Isso indica que ter tomado a decisão de aderir a energia solar em 2024, seria uma decisão financeiramente sólida.
Cenário 2: Instalação solar em 2025
No segundo cenário, assumimos que o Sr. José decidiu instalar o sistema de energia solar em janeiro de 2025, um ano depois do cenário anterior.
As principais premissas para este cenário são:
- Custo do sistema: R$ 160.000 (Considerando o mesmo valor de 2025)
- Tarifa Fio B em 2025: 45%
- Custos de manutenção e operação: 1% do custo do sistema mensalmente
- Custo considerando troca dos inversores: 10% do custo do sistema a cada 10 anos
Ao atrasar a instalação solar para 2025, o período de payback aumenta ligeiramente para 2 anos e 11 meses, e a TIR e o VPL são ligeiramente menores do que no cenário de 2024.
No entanto, as diferenças não são significativas e o investimento em energia solar continua sendo uma opção financeiramente atraente para o Sr. José.
Cenário 3: Instalação solar em 2026
No terceiro cenário, assumimos que o Sr. José não consegue obter financiamento para o sistema de energia solar em 2025 e é forçado a atrasar a instalação até janeiro de 2026.
As principais premissas para este cenário são:
- Custo do sistema: R$ 160.000 (igual aos Cenários 1 e 2)
- Tarifa Fio B em 2026: 60%
- Custos de manutenção e operação: 1% do custo do sistema mensalmente
- Custo considerando troca dos inversores: 10% do custo do sistema a cada 10 anos
Neste cenário, o período de payback aumenta para 3 anos e a TIR e o VPL são ligeiramente menores do que nos dois cenários anteriores.
No entanto, o investimento em energia solar ainda permanece viável e financeiramente atraente para o Sr. José.
Interpretando os resultados: a importância do “timing”
Embora o período de payback e os indicadores financeiros variem ligeiramente entre os três cenários, as diferenças são relativamente pequenas. Mesmo no cenário mais atrasado, onde a instalação solar é adiada para 2026, o investimento continua sendo uma decisão financeira sólida.
A principal conclusão dessas simulações é que a energia solar continua sendo um investimento confiável e viável , mesmo com o próximo aumento da Fio B. Isso reforça a importância do “timing” nas vendas. O termo, que significa literalmente “tempo”, é usado para definir o momento ideal para realizar uma ação — no caso, uma venda.
Clientes como o Sr. José não precisam se sentir pressionados a tomar uma decisão precipitada ou se verem bombardeados por “táticas de escassez” para impulsionar as vendas. Em vez disso, eles podem dedicar tempo para avaliar cuidadosamente suas opções e tomar uma decisão informada que se alinhe com seu cronograma e metas financeiras.
Gerando oportunidades sem pressionar o cliente
É importante lembrar que, além da análise financeira, a experiência do cliente é fundamental no processo de venda. Uma abordagem consultiva, que prioriza o entendimento das necessidades do cliente e oferece soluções personalizadas, é essencial para construir confiança e gerar fidelização.
A chave para vendas consistentes sem pressionar o cliente é um fluxo constante de prospecção, nutrição de leads e marketing, aliado a um CRM organizado. Isso garante que você tenha sempre clientes em diferentes estágios da jornada de compra, permitindo que as vendas aconteçam naturalmente e com maior previsibilidade.
Invista sempre em treinamento de equipes, comunicação transparente e acompanhamento pós-venda para garantir a satisfação do cliente e o sucesso a longo prazo.
Abraçando as oportunidades na energia solar
As simulações conduzidas com a ajuda do Luvik demonstram que o próximo aumento do Fio B em 2025 não representa uma ameaça significativa à viabilidade financeira dos investimentos em energia solar. Mesmo com o pedágio sobre o uso da rede mais elevado (Fio B), a energia solar continua sendo uma opção de investimento sólida para consumidores como o Sr. José, independentemente do momento de sua instalação solar.
Como integrador solar, é importante comunicar essa mensagem de forma clara aos seus clientes. Ao fornecer análises transparentes e baseadas em dados, você pode ajudar a aliviar quaisquer preocupações que eles possam ter e capacitá-los a tomar decisões informadas sobre seus investimentos em energia solar. Essa abordagem não apenas cria confiança com seus clientes, mas também posiciona sua empresa como uma parceira confiável e inovadora no setor de energia solar.
Lembre-se de aproveitar os recursos disponíveis no Luvik para apoiar seus esforços de vendas. A capacidade de gerar simulações detalhadas e análises financeiras pode ser uma ferramenta poderosa em seu arsenal, ajudando você a fornecer aos seus clientes a confiança necessária para investir em um futuro rentável e sustentável.
Quer entender melhor o impacto da Fio B no seu investimento em energia solar e como a Luvik pode te ajudar?
Acesse nosso canal do YouTube e assista ao vídeo completo sobre o assunto!
Lá você encontrará explicações detalhadas, simulações e dicas valiosas para tomar a melhor decisão.